Sou pedra de tanto que me construí, sou água de tanto que me deixei levar, sou estaca de tanto que me reergui e sou mel de tanto que amei. Sou tudo o que consegui ser. Uns dias fui tudo , noutros nem existi . Tanta fortuna amealhei, esta abundância desmedida de vida, de perda e vazio, de coragem cheia de esperança. Por todos os ásperos capítulos, eu já me perdoei . A paz interior instala-se devagarinho naquele que faz as pazes consigo mesmo, naquele que aceita tudo como seu, mesmo o mau, porque mesmo o mau traz sempre algum bem. Basta procurar .
Na porta do frigorífico, podemos afixar a lista de compras, a lista das emoções, a contagem das perdas e a soma das lições de cada dia. Bem-vindo ao meu frigorífico!